Wagner Oliveira foi o nosso convidado para mais uma entrevista do projeto “Mauá: Eu faço parte”, campanha desenvolvida para apresentar os talentos que integram o time do Estaleiro.
A trajetória profissional de Wagner Oliveira é marcada por uma diversidade de experiências ao longo de 40 anos de trabalho. Hoje como Gerente de Segurança Patrimonial, demonstra comprometimento e excelência em garantir a integridade do estaleiro, além de promover um ambiente seguro para todos. Sua jornada é marcada por superação constante e um compromisso inabalável com a segurança e a excelência.
Confira os detalhes do bate-papo!
Conte um pouco da sua trajetória profissional?
Minha trajetória profissional é marcada por uma diversidade de experiências que me moldaram e me levaram a desafios únicos ao longo desses 40 anos. Comecei na carreira militar, onde adquiri disciplina, liderança e resiliência.
Minha formação é em Administração de Empresas e Organização e Métodos, além de vários cursos de Segurança do Trabalho.
Após servir nas Forças Armadas, dei um salto para o setor privado, onde trabalhei durante 15 anos em uma empresa, desempenhando diversas funções, desde Recursos Humanos até compras e gestão de almoxarifado. Foi durante esse período que recebi um convite que mudaria completamente minha trajetória: participar da reabertura do Estaleiro Mauá no dia 8 de fevereiro de 1999.
Encarei esse desafio com determinação, mesmo enfrentando a realidade de ter apenas 2 vigilantes para levantar e proteger todo o patrimônio da empresa, como Coordenador de Segurança Patrimonial. Iniciei então o trabalho de organização e métodos, implementando processos que permitiram otimizar a segurança e a eficiência operacional.
Com o passar dos anos, minha dedicação e comprometimento me levaram a assumir o cargo de Gerente de Segurança Patrimonial. Vim de São Paulo com a intenção de ficar apenas um ano, mas acabei permanecendo até os dias de hoje, imerso na missão de proteger e garantir a integridade do Estaleiro Mauá.
Além do meu trabalho, tenho a felicidade de compartilhar essa jornada com minha família, incluindo meus três filhos, dois dos quais são colaboradores do Mauá. Essa conexão torna tudo ainda mais significativo, pois sei que estou contribuindo não apenas para o sucesso da empresa, mas também para o legado que deixarei para as gerações futuras.
Além disso, é importante ressaltar que ao participar do crescimento do estaleiro, tive também um impacto significativo na economia da cidade de Niterói. A expansão da operação do estaleiro não só gera empregos diretos e indiretos, mas também impulsiona o desenvolvimento econômico local.
Assim, minha trajetória profissional é marcada por desafios superados, aprendizados constantes e um compromisso inabalável com a excelência e a segurança, valores que continuarei a honrar em cada passo que der.
Quais são suas principais responsabilidades como Gerente de segurança patrimonial?
Como Gerente de Segurança Patrimonial, minhas principais responsabilidades envolvem a proteção integral do estaleiro e das embarcações que nele ancoram. Isso inclui a implementação e supervisão de medidas de segurança para garantir a integridade física de todas as pessoas que entram nas instalações, sejam elas funcionários, visitantes ou membros da tripulação das embarcações.
Minha função abrange também a criação e execução de estratégias para prevenir roubos, assaltos e invasões, garantindo um ambiente seguro e protegido para todos.
Isso inclui a supervisão de equipes de segurança, a implementação de tecnologias de monitoramento e a realização de rondas de segurança.
Em suma, minha função é garantir que o estaleiro e as embarcações que o utilizam estejam protegidos contra quaisquer ameaças externas, proporcionando um ambiente seguro e tranquilo para todas as atividades realizadas no local.
Teve algum trabalho mais difícil ou desafiador que tenha marcado sua carreira aqui no Mauá?
Um dos trabalhos mais desafiadores e marcantes da minha carreira aqui no Estaleiro Mauá foi estabelecer uma parceria com a comunidade do Morro da Penha.
Enfrentamos uma situação delicada em que indivíduos da região estavam entrando frequentemente no estaleiro para realizar pequenos furtos, o que representava um grande desafio para a segurança patrimonial da empresa.
Para resolver essa questão, trabalhamos em conjunto com os moradores, buscando soluções que fossem benéficas para ambas as partes. Implementamos medidas de segurança adicionais e estabelecemos uma comunicação franca com a comunidade, visando criar um ambiente de confiança e colaboração mútua.
Além disso, em parceria com os moradores, realizamos diversas ações sociais, como oferecer serviços de saúde, como dentista e médicos para gestantes e crianças, e incentivamos a coleta de lixo reciclável, que é posteriormente vendido, gerando renda para os moradores.
Também contribuímos para a melhoria da infraestrutura local, colaborando na reforma da igreja, na construção de uma quadra de futsal e até mesmo na construção de um muro para divisão da área entre o estaleiro e a comunidade.
Essa parceria não apenas resolveu o problema dos furtos, mas também fortaleceu os laços entre o estaleiro e a comunidade, criando um relacionamento de confiança e cooperação que perdura até os dias de hoje. Hoje, os moradores não apenas respeitam o estaleiro, mas também colaboram ativamente, inclusive ajudando na vigilância e segurança do local.
Quais são os desafios mais comuns que você encontra como Gerente de segurança patrimonial e como você busca superar esses desafios?
Como Gerente de Segurança Patrimonial, um dos desafios mais comuns que enfrento é a extensão do Estaleiro Mauá, que abrange uma área de 183 mil metros quadrados. Garantir a segurança de uma área tão vasta requer vigilância constante e atenção aos detalhes em todos os pontos de contato com o estaleiro, seja por terra ou por mar.
Como é fazer parte do time do estaleiro Mauá para você?
Fazer parte do time do Estaleiro Mauá é mais do que apenas um trabalho para mim; é uma parte fundamental da minha vida. Ao longo dos anos, construí uma ligação profunda e significativa com o estaleiro e com as pessoas que nele trabalham.
O Estaleiro Mauá não é apenas um local de trabalho, é onde dedico minha energia, conhecimento e paixão todos os dias. Sinto-me orgulhoso em contribuir para o sucesso da empresa e em fazer parte desse time.
Uma das coisas mais gratificantes para mim é saber ao longo do tempo, passei todas as informações necessárias para que possam tocar todos os processos sem depender exclusivamente de mim. Isso cria um senso de confiança e colaboração dentro da equipe, permitindo que todos alcancem seu potencial máximo e trabalhem em harmonia para alcançar os objetivos do estaleiro.
Quais são suas expectativas para o futuro do Mauá?
Minhas expectativas para o futuro do Estaleiro Mauá são bastante ambiciosas, mas acredito firmemente no potencial de crescimento e sucesso da empresa. Visualizo um
cenário onde o estaleiro opera em três turnos, com uma equipe de aproximadamente 25 mil funcionários, em contraste com os 1500 que temos hoje.
Entretanto, para alcançar esse crescimento significativo, é crucial contar com um governo comprometido e honesto, que esteja verdadeiramente interessado em promover o desenvolvimento econômico e gerar empregos. Um ambiente político estável e favorável aos negócios é fundamental para atrair investimentos e estimular o crescimento do estaleiro.
Além disso, acredito que um bom governo traria automaticamente bons incentivos fiscais, o que seria essencial para viabilizar o crescimento e a expansão do estaleiro de maneira sustentável.
Por fim, gostaria de destacar a importância de que todos os envolvidos no Mauá, desde os funcionários até os gestores, trabalhem com fé, vontade e amor pelo que fazem. O respeito mútuo é fundamental para construir um ambiente de trabalho produtivo, onde todos possam contribuir para o sucesso do estaleiro de forma harmoniosa e colaborativa.